31 de outubro de 2010
Pelourinho
Nessa hora escura, melancólica e doce de puríssima e boa solidão
Me reencontro com tudo, tudo de que, quase sempre, discretamente fugi
Das tolas desavenças as mais doidas idéias e sem nenhuma razão
Fico quieto, a espreita de um dia chegar ao topo daquele monte, o Fuji
Poder só com a gente mesmo contar
Nas tristezas as mais bravas e notórias conquistas
Sem ter com quem comentar e assim mesmo pular praquele patamar
Chega de regras, paro nessa com a mais firme e duvidosa, faço vistas!
Essa termina com o mesmo final das histórias que de criança sempre me deleitei, mas não por lê-las e sim por vivê-las e senti-las, só que de Salvador, Soteropolitanamente: Viva Nosso Senhor do Bonfim.
Marcos Siva
30 de outubro de 2010
Música suave
Quão solto e imenso no meu mundo fico
Mesmo sendo pequeno e normalmente particular
De corações sofridos, mas atentos, às vezes tão ridículo
Mas forte e bravio feito aquele meu, só meu, imenso mar
Coração pulsante, feito destino cruel
De tanto mar agitado nem sequer se perdoa
Da doce e tão crível doçura do mel
Olha este teu amor e pensa! Coração perdido e a toa!
Ah! Este mar a minha volta
Que meu peito apertado o chama
Tanto temo a sua revolta
Que mar! Meu peito diz que te ama e te ama
Coração dentro do meu peito
Feito chama que se inflama
Ao menor risco de carinho, do seu jeito
Se entrega e quão, decididamente sem pudor, frágil se derrama
Vida dos olhos que ao meu controle escorre
Pois como vã dominadora do meu ser
Aos pés do meu coração se põe como a um porre
Que um dia depois a de se arrepender
De palavras sem nexo meu amor sobrevive
Tal música que nem sei por que me tocou
Como ágil Fênix que sempre quer ser livre
Mas cai ao menor vento que a soprou.
Marcos Silva
27 de outubro de 2010
Que a Ele eu possa sempre fazer minha melhor deferência.
Que eu possa sempre e sempre em cada sutil detalhe a Deus poder agradecer
Por num momento qualquer me ter feito essa frágil e besta pessoa
Que se comove até com comerciais dos mais baratos que usam de qualquer lindo amanhecer
Desde que falem de qualquer valor: de valente coração a sentimento mais à toa.
Marcos Silva
23 de outubro de 2010
Da água porque para o vinho
20 de outubro de 2010
Frágil telegrama
19 de outubro de 2010
O que toca fundo o coração
Minas Gerais
Composição: Novelli e Ronaldo Bastos
Com o coração aberto em vento
Por toda a eternidade
Com o coração doendo
De tanta felicidade
Coração, coração, coração,
Coração, coração, coração, coração, coração
Todas as canções inutilmente
Todas as canções eternamente
Jogos de criar sorte e azar.
Quando esse intransferível martírio terminar.
Enquanto você do fubá queria só do “prime” saber
Eu do prazer, por única opção, só me importava
Nessa hora de mediocridade, mas salvadora e de doce querer
Em mim o melhor, desesperadamente solidário, se pronunciava
Vou terminar de segunda e sem me preocupar
Sem me importar com as tais inefáveis e destruidoras conseqüências
Pois na minha doce mediocridade de contundente e bravio, aquele só meu: mar
Que me salvem todos os tolos de amor e das tais delicadas subserviências
Espero... Mentira, mentira eu nem sequer sei suportar
Tua mendiga vitória, que sentimento frio e sem cor
É essa a maior de todas as razões para querer aquele, só meu, arredio e indomável mar
Que me conforta me tranqüiliza e me traz de volta e espero sem nenhum corrosivo rancor.
Que o trabalho seja nossa maior e melhor forma para que Deus, na sua menor redoma, possa nos redimir e nos perdoar de todas nossas mais doces e delicadas, mas fundamentais fragilidades.
Marcos Silva
04/07/2010
Peter Nagy - Um rebelde, doce e frágil sonhador.
Tão forte, ranzinza e com a alma da mais pura criança.
O que eu posso dizer desse cara
Que com admiração vim a encontrar
Numa fase de formação e impressões raras
Veio ao meu encontro como um vulcão prestes a “eruptar”
De nome estranho e estrangeiro
Mas leve e amoroso como uma manjedoura
Que do seu filho protege acima de qualquer, sim qualquer dinheiro
Tinha uma fé inabalável e admiravelmente duradoura
Nem a maioridade eu tinha completado
Que sensações meu peito descobria
Mas seu intelecto e olhar, às vezes irritado,
Me traziam um não sei que de amor e de alforria
Esse cara que dos conceitos burgueses, e eu sei lá, se isso lhe importava
Me trouxe com seu olhar de menino uma profunda admiração
De ser o que eu nem sabia se capaz seria, mas já amava
De ser contestador fiel e sempre com a mais fervorosa provocação
Seu nome diferente e estrangeiro, como disse antes, era Peter
Que na mais medíocre de todas as comparações
Foi como o Pan que jamais se entregava e com alma forte e leve como éter
Me guia, com toda sua pureza, a manter ainda todas as minhas prazerosas e tolas paixões.
Uma homenagem simples, mas de coração ao querido e saudososo Peter Nagy
Marcos Silva
16 de outubro de 2010
MAS É CLARO QUE O SOL...
Mais Uma Vez
Composição: Renato Russo, Flavio Venturini
Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei...
Escuridão já vi pior
De endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem...
Tem gente que está
Do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar...
Tem gente enganando a gente
Veja nossa vida como está
Mas eu sei que um dia
A gente aprende
Se você quiser alguém
Em quem confiar
Confie em si mesmo...
Quem acredita
Sempre alcança...
Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei...
Escuridão já vi pior
De endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem...
Nunca deixe que lhe digam:
Que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos
Nunca vão dar certo
Ou que você nunca
Vai ser alguém...
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia
A gente aprende
Se você quiser alguém
Em quem confiar
Confie em si mesmo!...
Quem acredita
Sempre alcança...
Antes do banho
14 de outubro de 2010
Da vida que poucos fracos se atreveram a viver
Fiz dessa minha cotidiana vida muito, mas muito pouco
Que em tese se deveria burguesamente ter feito
Coloquei esse frágil peito muitas e muitas vezes como louco
A prova sem saber se sequer resistiria: peito cheio de defeito
Da dor que o teimoso, mas fraco pode resistir: triste e oco
A querer ser, num momento de demência, inescrupulosamente perfeito
E mesmo assim me deleitar por ter sido atrevido e fugaz, talvez outro
De coração batendo com toda essa ultrajante arritmia, mas que audaz efeito.
Marcos Silva
10 de outubro de 2010
Coração bandido
De amores breves e vulcânicos eu sempre vivi
E de suas mais temerosas e assustadoras erupções sobrevivi
E aqui vivo sem saber se até hoje presenciei ou se na verdade decidi
Se esse peito gosta de sofrer ou eu, verdadeiramente, já quase morri
De tanto amar e nem queria saber se era correspondido
Mas esse coração sem vergonha, meu mais ardiloso bandido
Que de veras e mentiras me trapaceava
E nem se quer no mais íntimo do meu calor me respeitava
Ah! Coração sem eira e nem beiras
Que de tristes e prazerosas paixões me retribuiu
De amores fadados a mais de todas: tolas besteiras
E que me contemplavam como rei, besta, de um único rio
Esses amores sem nenhuma avaliação
Que do meu coração se impuseram
Hoje os sinto na mais antiga canção
E sempre, nem sei na verdade, o porquê vieram
Sigo na sua mais tênue caminhada
Que para me fazer um pouco mais feliz
Podia ser uma cara e nobre cavalgada
Mas que insiste em ser ainda a mais tola de todas: meretriz.
Marcos Silva
7 de outubro de 2010
Hambúrguer do Bar do Seu Oswaldo
Resenha por Helena Galante:
É um clássico do Ipiranga. Apesar do ambiente sem conforto, quase sempre há fila para conseguir um lugar no balcão e provar o ótimo cheese salada. Avesso à moda dos hambúrgueres altos, o endereço mantém seus bifes beeem fininhos. No lugar de fatias de tomate, coloca sobre o pão um suave molho de tomate fresco. A mudança parece sutil, mas faz toda a diferença. Pregado na parede, o cardápio anuncia também cheese egg, com um ovo estalado, e cheese calabresa.
O preço é meio salgado, mas vale experimentar.
Endereço: Rua Bom Pastor, 1659
Bairro: Ipiranga
São Paulo
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