30 de julho de 2010

De um tempo em que as emoções podiam e deviam ser as mais baratas.



Composição: José Augusto

De repente você vem dizer
Que não sente mais nada
Que o sonho acabou
E que já não dá mais pra ficar

Você fala de amor feito um jogo
De cartas marcadas
Feito roupa surrada
Que a gente se cansa de usar

De repente você já nem vê
O que faz mais sentido
E me joga na cara palavras
Que fazem doer demais
Bate a porta e me deixa assim
Sem saber o eu que faço de mim
Sem saber o que eu digo pra mim
Se você me deixar

Que é que eu faço amanhã
Quando eu me levantar
E não ter mais teu corpo prá me aconchegar
Não sentir teus abraços
Querendo apertar o que sempre foi teu

Que é que eu digo à saudade
Quando ela chegar
E o desejo na boca querendo beijar
Que é que eu faço pra me acostumar a viver sem você

De repente você vem dizer
Que não sente mais nada
Que o sonho acabou
E que já não dá mais pra ficar

Você fala de amor feito um jogo
De cartas marcadas
Como roupa surrada
Que a gente se cansa de usar

De repente você já nem vê
O que faz mais sentido
E me joga na cara palavras
Que fazem doer demais
Bate a porta e me deixa assim
Sem saber o eu que faço de mim
Sem saber o que eu digo pra mim
Se você me deixar

Que é que eu faço amanhã
Quando eu me levantar
E não ter mais teu corpo prá me aconchegar
Não sentir teus abraços
Querendo apertar o que sempre foi teu

Que é que eu digo à saudade
Quando ela chegar
E o desejo na boca querendo beijar
Que é que eu faço pra me acostumar a viver sem você

Que é que eu faço amanhã
Quando eu me levantar
E não ter mais teu corpo prá me aconchegar
Não sentir teus abraços
Querendo apertar o que sempre foi teu

Que é que eu digo à saudade
Quando ela chegar
E o desejo na boca querendo beijar
Que é que eu faço pra me acostumar a viver sem você
Que é que eu faço pra me acostumar a viver sem você
Que é que eu faço pra me acostumar a viver sem você
Sem você.

29 de julho de 2010

Sábado com cara de chuva




Quando lembro de você
Cheiro de alecrim, lírios, ruas mornas, infância e de paixão
Não dessas de emoções frias como um "tê"
Mas das boas com aquela doce sofreguidão
Que só os amantes sabem, mas mesmo assim sempre perdem a razão.



Marcos Silva

27 de julho de 2010

Para todos nós


Os muito fortes, os comuns e os fracos




Que nosso Senhor nos deixe o caminho
De sermos: bestas; frágeis e tolos
E que cada delicioso momento só a nós pertença: sólido ninho
De sentir-se pleno, grato e com o gosto do melhor de todos os nossos bolos.


Marcos Silva

24 de julho de 2010

Profundos conhecedores de vinhos na internet




Segundo Blogs de “Enófilos” que deveriam ser os amantes mas amadores, no sentido de não serem profissionais, de vinhos e para mim são todos “Enochatos” que tem no vinho a arma menor da soberba, vinho é uma bebida para se passar longe, não bastasse aquela pantomima ridícula de ficar girando as taças para falar dos aromas e buquês, deve ser horrível para eles mesmos degustar um vinho, explico o porquê:

Como uma bebida com esse cheiro pode ser boa e mais como conseguir tomá-la com comida à mesa, vamos para as descrições dos aromas por eles sentidos:

- com frutas negras maduras, especiarias e toques animais e defumados.
Cheiro de animais na hora de comer, argh!!! Uma delícia!

- aromas são intensos, com destaque para frutos muito maduros, talvez frutos negros, especiarias, pimenta e café.
Deve ser uma delícia pimenta com café e eu nunca tinha pensado em colocá-la no meu cafezinho logo de manhã cedinho.

- Aromas intensos, inicio terroso, frutos secos, côco, leve tostado e um pouco de especiarias.
Deve ser a lembrança da infância quando agente comia terra, ou no próximo manjar vou colar além do coco as especiarias e alguma terra.

Obs. No texto acima, que foi retirado de um famoso blog sobre vinhos, esta escrito “côco” com acento, mas segundo o dicionário não tem não e olha que foi escrito por um “jornalista”.

Aromas em boa intensidade. Quando mais gelado revelaram-se frutos tropicais, como abacaxi, leve defumado e uma discreta nota química, lembrando derivados de petróleo e borracha. A uma temperatura mais alta revelaram-se ervas e especiarias, com eucalipto muito evidente.
Sem comentários.

Todas as descrições dos aromas acima foram retiradas da internet em vinhos que os “connaisseurs” os classificavam com os melhores em suas notas.

23 de julho de 2010

O primeiro sorriso seu


Esse bonitão é o Rafa (amigão) e a do sorriso lindo é meu amor.


Quando você sorriu, a primeira vez, para mim
Minha alma se aqueceu de um tanto de amor
Que só agora consigo entender qual era o fim
Era, do amar, trazer na minha alma esse intenso, infinito e delicioso calor.

Marcos Silva

21 de julho de 2010

Eu etiqueta


Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que estar na moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comprazo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Resumia uma estética.
Hoje, sou costurado,
Sou tecido,
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.


Carlos Drummond de Andrade

20 de julho de 2010

Pinot Noir


Couvent des Jacobins rouge 2006 (Louis Jadot) Bourgogne



Coisas para a alma de um nunca-dantes-navegante poder saber-se fraco e mesmo e deliciosamente assim se conformar. Ma - ra - vi - lho - so!!!!

19 de julho de 2010

Cuitelinho


Sonhei, uma noite, em que menino
Andava por entre haras encantados
Sem destino certo, como um peregrino
Pensava grande, mesmo sendo pequenino
Da vez esta chegava rápido, repentino
E encontrava um lindo cavalo-alado

Meu Pégaso de cor azul-infinito
Que me levava a viajar o mundo
Tinha os olhos calmos e o pelo bonito
Na fonte uma estrela e um dito
“Ame amando sem plebiscito”
E juntos tocaríamos profundo

Numa das nossas primeiras viagens
Encontramos um lindo beija-flor
Os três juntos agora na bagagem
Tínhamos muito mais que poucas bobagens
Daríamos a cada ser uma nova imagem
Do novo mundo, agora repleto de amor

Mas o sonho como tudo que é bom
Terminou rápido como uma noite de amor
Abri os olhos e escutei um som
Da minha janela num calmo tom
Trissava alegre, que Deus lhe deu o dom
Meu amigo – aquele Beija-Flor.


Marcos Silva

18 de julho de 2010

Doce fragilidade


Continuo sendo esse mesmo sonhador
Que, inabalável, sempre em mim me encontro.
E ao me encontrar, comigo mesmo, e com que ardor
Tenho, em mim mesmo, o maior de todos os meus confrontos.

Sou, em mim, o melhor de tudo o que sempre pude esperar da minha mais frágil e medíocre do-ci-li-da-de.

Marcos Silva

16 de julho de 2010

Hoje



Hoje eu acordei sem amor
Após uma luta sangrenta: sem dor
Dois amores sem vidraças que se quebraram
Me senti vário na inútil condição de apenas nada ser

Hoje eu acordei triste
Duma mortal procura de me encontrar em outro
Sem saber o que dizer se é que ouvirias minha frágil retórica
Falei sozinho para o mundo que passava pela minha alma cansada de só ter esperanças

Hoje acordei ontem
E na rua passou o mesmo carro de luz duvidosa
Sem direção, nem combustível, mas que insiste em andar
Talvez à procura do sol que se pôs outrora sem brilho

Hoje eu acordei mudo
Falando de mim e tu nem sabias se eu sequer pensante existia
Escutei do outro lado da rua que nem sabes amar
Emudeci e entrei estreito pela porta fechada da solidão

Hoje eu acordei sempre
E não subi na janela para ver se havia chuva
Não olhei ao redor, nem liguei a televisão quebrada
Não pus o sapato que me esperava ansioso e tomei sem sabor o mesmo velho livro

Mas hoje eu acordei
E você não mora mais naquele sonho
Nem, sonho, nem durmo, mas acordo
E finjo que a vida continua e pego o primeiro ônibus que passa em frente à casa que nunca sonhamos.

Marcos Silva

11 de julho de 2010

Quando o amor bate sempre à sua porta





Se eu pudesse definir o amor maduro que por você eu sinto
Caberia em poucas palavras
Pois na delicadeza de perfumes: raro absinto
É que deixamos nossa alma livre e solta e em qualquer estrada

Meu coração como se o seu fosse bate no mesmo ritmo
Mesmo que eles tenham batimentos tão diferentes
Mas é que o amor só se sabe despretensiosamente último
E no seu momento único só se percebe se for va-ga-ro-sa-men-te

Compartilhar esse deveria ser o mote de todo amante
Que se conforta se arrepende e se ri a cada sutil fragilidade
Como criança sem vergonha e sem culpa, mas desbravante
E que do amor só tem os maiores prazeres e nunca nenhuma promiscuidade

Sinto nosso amor, mas como rei perdido me sei seu dono
Como dono do seu, despretensiosamente sabe-se, sem medir os porquês
Essa autentica e admitida e egoísta e convicta posse do seu trono
Só pode ser Ele sorridentemente aprovando a maior de todas as psiquês

Se da quinta faço minha frágil e sempre regra repetida
De algumas me vingo com a maior sobriedade
De bêbado sem cachorro que o lamba em suja calçada sem saída
Mas a espera de mínima recompensa da sua melhor e inadmissível vaidade


Marcos Silva

10 de julho de 2010

Emoção única e graças a Deus pra vida inteira!!!!!



Composição: Miltons Nascimento / Fernando Brant

Coração americano
Acordei de um sonho estranho
Um gosto, vidro e corte
Um sabor de chocolate
No corpo e na cidade
Um sabor de vida e morte
Coração americano
Um sabor de vidro e corte

A espera na fila imensa
E o corpo negro se esqueceu
Estava em San Vicente
A cidade e suas luzes
Estava em San Vicente
As mulheres e os homens
Coração americano
Um sabor de vidro e corte


As horas não se contavam
E o que era negro anoiteceu
Enquanto se esperava
Eu estava em San Vicente
Enquanto acontecia
Eu estava em San Vicente
Coração americano
Um sabor de vidro e corte.

8 de julho de 2010

A vida era mais simples do que sonhávamos


O que a vida fez de nós, determinados e inabaláveis combatentes.
Timoneiros sem sequer uma simplória nau para navegar
Que apesar de termos todos os predicativos para levá-las aos mais ardorosos poentes
Ficamos aqui, estáticos, sem rumo, e quase sem nenhum frágil aspirar.

Marcos Silva

7 de julho de 2010

Tua voz mineira




Meu coração batia e batia e batia
Eu nem sequer em Minas me sabia
Mas o coração de ouro mineiro falou mais alto e corria
Em busca desse sei lá mineiro que em mim havia

Fazenda, Calix bento, sua voz
Minha alma se sentiu em casa
E nem filho da terra e nem de qualquer foz
Mas eu me senti com essa doce, triste e mineira asa

Sua casa, sua mãe e seu “canto”
Carinho de queijo com goiabada
Só coração mineiro pode com esse pranto
De noite, de luz e de toda madrugada

Forte como aquele que da terra trabalha
Sua voz nos faz-traz toda mineirice
Pedindo abrigo ou só uma batalha
Mas sempre, sempre com essa nossa mineira meiguice.

Miltons, mil sons, minhas almas
Que de ancestrais em ti me vejo
Não sou de Minas, mas esta inesperada calma
Só pode ser minha alma, mineira, com este infinito desejo.

Marcos Silva

Iniciando no mundo dos vinhos


Dicas simples para um prazer raro e simples, pois nunca se esqueça: Seu paladar sempre pertencerá só a você. Fora isso, depois de muito ler e estudar a respeito, o resto é tudo balela, coisa de status , se você quer só beber e apreciar um bom vinho nada, mas nada mais importa.


Preço

Lembrando: Vinho bom é o vinho que a gente gosta
Depende do bolso, tem bons vinhos de R$ 10,00 até R$ 15,000.


Uvas

São muitos os tipos e de vários países, a única forma de conhecê-las é ir experimentando e ir acostumando com os nomes e seus paladares e identificar com qual você se adapta melhor.
Segundo estudiosos há 24.000 nomes para as mais de 3.000 variedades de uvas viti-viníferas. Destas 150 são plantadas comercialmente em quantidades mais significativas.

Ainda podemos classificar um vinho segundo as uvas como varietal ou assemblage ( do francês) no Brasil é seleção:

Varietal – se refere ao vinho que no seu rótulo vem escrito o nome da variedade da uva que lhe deu origem, tem de ter no mínimo 65% desta uva na sua composição.

Assemblage ou Seleção – se refere ao vinho formado pela mistura de duas ou mais uvas de acordo coma opinião do enólogo responsável.

As uvas mais comuns são: Aragônes, Bonarda, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Carmenère, Dolcetto, Gamay, Malbec, Merlot, Periquita (castelão), Pinot Noir, Pinotage, Sangiovese, Syrah/Shiraz, Tannat, Touriga francesa e Nacional, Tempranillo, e por aí vai.


Aromas

Vinho é pra se beber pra se cheirar é perfume, brincadeiras a parte um vinho pode ter vários aromas e vocês, pasmem, vão sentir todos, mesmo sem treinamento nenhum, o que vocês talvez não acertem é o nome do cheiro que vocês sentiram.

Obs. Que bom não é preciso ficar descobrindo se tem cheiro disso ou daquilo, é só apreciar os aromas e se deliciar com o gosto.


Gosto

Existem alguns tipos: Frutado, alcoólico, amadeirado (por ter estagiado em barris de carvalho), robusto, ácido e muitas outras definições para gostos.


Temperatura

Uma temperatura razoável: 17 graus para vinhos tintos e 13 graus para os brancos.

Como chegar nessa temperatura na geladeira e não ter que comprar uma adega climatizada, a não ser que você tenha um bom número de vinhos caros, acima de R$ 100,00 para guardar:

Colocando seu vinho na sua geladeira, uma forma de aferir qual a temperatura dela é muito simples, pois, como é previsível cada geladeira deve fazer uma temperatura não só de acordo com marca e modelo, mas por conta de seu tempo de uso.

A dica é simples e barata, vá a uma lojinha de aquarismo ou petshop e compre um termômetro de aquário, como ele não precisa ser bonitão nem nada, há termômetros por R$ 5,00!!

Coloque o termômetro numa garrafa de vinho cheia, mas com água, na porta da geladeira em sua parte mais baixa, deve levar mais ou menos duas horas para chegar a 17 graus, partindo de uma temperatura inicial de 26 graus.

Se ficar mais na geladeira, o mínimo que deve chegar são 10 graus, mas após 25 minutos fora da geladeira deve chegar aos 17 graus.

Faça o teste! E defina a temperatura ao seu gosto.


Combinações

Vinho combina com seu gosto, faça experiências e defina através do seu paladar.


Safra

Ano de colheita das uvas. No rótulo às vezes vem descrito, mas às vezes é o ano de engarrafamento, meio complicado, mas fazer o que é assim.

CUIDADO – Quanto mais velho um vinho melhor!!! Nada disso, muito cuidado, vinhos para guarda são vinhos de safras especiais, muito bem selecionados, logo custam muito mais caros.
Os vinhos com preços mais acessíveis, até mais ou menos R$ 50, 00, podem e devem ser consumidos com dois ou três anos de idade. Estão feitos para isso, estes vinhos normalmente já desenvolveram todos os seus aromas, sabores e nuances e estão prontos para revelá-los logo que saem ao mercado.

Dica. Não compre vinhos abaixo de R$25,00 que não tenham a data da safra marcado no rótulo, a possibilidade de estar “intomável” é de mais de 50 por cento.

Países

Os mais conhecidos são - Portugal, Espanha, Itália, Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, África do Sul, Estados Unidos, Alemanha, França.

Obs. Cuidado !!! No Brasil existe uma categoria de vinho na qual vem escrito no rótulo: Vinho tinto suave, este vinho contém em seus ingredientes sacarose (açúcar). Acho que nem deveria se chamar de vinho, não quero discutir gostos, mas houve uma mudança na fórmula.


Dicas

O que fazer quando um vinho não está bom:

No restaurante

Quando o garçom ou sommelier ao abrir um vinho nos dá a rolha para cheirar e avaliar visualmente e põe um pouco de vinho na taça, não é frescura, pois a rolha pode estar com o fungo do bouchonné. Passa da rolha à garrafa tornando o vinho “imbebível”, com um odor mofado e se a rolha estiver muito ressecada ou com a marca da cor do vinho invadindo muito seu corpo, podem denotar que o vinho não esta bom. Na taça se o vinho estiver muito turvo e com cheiro e gosto lembrando vinagre também podem indicar a mesma coisa. Mostre o defeito para o garçon ou para o sommelier e peça para trocar o vinho.

Em Casa

Avalie dá mesma forma, lembrando sempre de guardar a nota fiscal, e não tomar quase toda a garrafa para só depois voltar ao estabelecimento para efetuar a troca.


Por isso, descomplique-se. Se você continuar achando que vinho tem que ser velho para ser bom, periga você estar tomando vinagre sem se dar conta.... abaixo as regras!

Parte do texto acima pertence à Alexandra Corvo que é formada Sommelière pela Ecole d'ingenieurs Oenologiques de Changins e é colunista da "Veja São Paulo"


Aproveitem o que de melhor a vida nos pode oferecer.

5 de julho de 2010

Melhor definição sobre especialistas em vinho


Marina - "Sabe quem é o verdadeiro nobre nesta coisa toda? Aquele lavrador que planta a videira, cuida dela com amor e reverência, tem as mãos marcadas pelo ofício e sabe da terra, da uva e do vinho e, sem fazer nenhum curso "sente" o vinho. Este é o aristocrata do vinho. Os demais (enólogos, enófilos ou o que seja) fazem um teatro patético, com aquela pantomima de "cheirar a rolha", que deve ser motivo de riso para o lavrador-vinicultor. Tenho a impressão que o lavrador deve sorrir bondosa e indulgentemente ao ver uma "sofisticada" publicação sobre vinhos em revistas de luxo. Pena e indulgência é o que ele deve sentir".

( retirado da internet - Veja vinhos)

4 de julho de 2010

Uma viagem de vinho, sensações e prazeres.


Pois é gente acabo de descer do trem do subúrbio que vem desde São Caetano do Sul que é o C do ABC Paulista, terra do Presidente Lula que é do B de São Bernardo do Campo e que também é suburbano, passa pelo Brás faz uma parada em Guainazes e termina em Mogi das Cruzes. Essa deliciosa viagem pelo subúrbio da maior cidade da América Latina, será que é só isso? Foi feita logo após degustar um Pinot Noir Puerto Viejo safra 2008 com uma bela massa de grano duro Italiano e queijo Gran Formaggio para acompanhar.
Depois de me embriagar com o vinho me embriaguei das delicias da convivência humana no seu mais simples e requintado conviver, gente de todos os lugares desse nosso país e de todos os sotaques com a pureza e benevolência que só dos desafortunados (financeiramente) podem ter. A cada estação novas sensações em ter e ver a diversidade humana em cada rosto ou conversa, roupa enfim em cada discreto e sutil detalhe.
Após degustar desses prazeres indescritíveis, sem contar as paisagens, lugares e tudo que envolve um passeio pelo subúrbio paulistano, conclui uma coisa muito interessante: prazer como o de degustar um vinho é para quem consegue sentir, nada mais que isso, sentir prazer, e isso, além de inexplicável, é impossível de se aprender em cursos ou em palestras e é só para quem tem sensibilidade, o resto é para quem quer se especializar e mediocremente se dar o título de “conhecedor”.

Vou recorrer novamente ao jornalista esportivo Cajuru:
“O ser humano nunca prestou, o problema é que agora vivemos muito perto e tem noticiários para nos mostrar”.

3 de julho de 2010

Canção Amiga



Poema de Carlos Drummond de Andrade musicado e cantado por Milton Nascimento

Eu preparo uma canção
em que minha mãe se reconheça,
todas as mães se reconheçam,
e que fale como dois olhos.

Caminho por uma rua
que passa em muitos países.
Se não me vêem, eu vejo
e saúdo velhos amigos.

Eu distribuo um segredo
como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
dois carinhos se procuram.
Minha vida, nossas vidas
formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
e tornei outras mais belas.

Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.

As contradições do corpo


Meu corpo não é meu corpo,
é ilusão de outro ser.
Sabe a arte de esconder-me
e é de tal modo sagaz
que a mim de mim ele oculta

Meu corpo, não meu agente,
meu envelope selado,
meu revólver de assustar,
tornou-se meu carcereiro,
me sabe mais que me sei.

Meu corpo apaga a lembrança
que eu tinha de minha mente,
Inocula-me seus patos,
me ataca, fere e condena
por crimes não cometidos.

O seu ardil mais diabólico
está em fazer-se doente.
Joga-me o peso dos males
que ele tece a cada instante
e me passa em revulsão.

Meu corpo inventou a dor
a fim de torná-la interna,
integrante do meu Id,
ofuscadora da luz
que aí tentava espalhar-se.

Outras vezes se diverte
sem que eu saiba ou que deseje,
e nesse prazer maligno,
que suas células impregna,
do meu mutismo escarnece.

Meu corpo ordena que eu saia
em busca do que não quero,
e me nega, ao se afirmar
como senhor do meu Eu
convertido em cão servil.


Meu prazer mais refinado
não sou eu quem vai senti-lo.
É ele, por mim, rapace,
e dá mastigados restos
à minha fome absoluta.

Se tento dele afastar-me,
por abstração ignorá-lo,
volto a mim, com todo o peso
de sua carne poluída,
seu tédio, seu desconforto.

Quero romper com meu corpo,
quero enfrentá-lo, acusá-lo,
por abolir minha essência,
mas ele sequer me escuta
saio a bailar com meu corpo.


Carlos Drummond de Andrade

1 de julho de 2010

Caro Amigo de dança e de outrora.


Que nossas lembranças possam aquecer nossos corações
De recordações, momentos, saudades e que sagradas
De um tempo de querências, amores, ideais e madrugadas
Que infelizmente vão ficar nos outros, para traz, vagões.

Sorte para nós amigo, pois a roda viva da vida nunca para, nem nos obedece. Tenho e terei por nós gratas recordações, que o tempo, espero e tomara! Não nos mudou.

As tolas indagações da juventude nos fizeram os poucos homens de alma doce com quem Deus pode sempre contar.

Marcos Silva