11 de julho de 2010
Quando o amor bate sempre à sua porta
Se eu pudesse definir o amor maduro que por você eu sinto
Caberia em poucas palavras
Pois na delicadeza de perfumes: raro absinto
É que deixamos nossa alma livre e solta e em qualquer estrada
Meu coração como se o seu fosse bate no mesmo ritmo
Mesmo que eles tenham batimentos tão diferentes
Mas é que o amor só se sabe despretensiosamente último
E no seu momento único só se percebe se for va-ga-ro-sa-men-te
Compartilhar esse deveria ser o mote de todo amante
Que se conforta se arrepende e se ri a cada sutil fragilidade
Como criança sem vergonha e sem culpa, mas desbravante
E que do amor só tem os maiores prazeres e nunca nenhuma promiscuidade
Sinto nosso amor, mas como rei perdido me sei seu dono
Como dono do seu, despretensiosamente sabe-se, sem medir os porquês
Essa autentica e admitida e egoísta e convicta posse do seu trono
Só pode ser Ele sorridentemente aprovando a maior de todas as psiquês
Se da quinta faço minha frágil e sempre regra repetida
De algumas me vingo com a maior sobriedade
De bêbado sem cachorro que o lamba em suja calçada sem saída
Mas a espera de mínima recompensa da sua melhor e inadmissível vaidade
Marcos Silva
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