28 de novembro de 2010
Desprendimento
Num momento qualquer desta tarde de primavera
Senti o quanto o desprender me custa
Aquela folha mais alta desta imensa era
Que a mim me traz o que mais temo e tanto me assusta
Olho no seu coração e sinto que frágil se mostra
Quero protegê-la como cavaleiro da mais nobre época
Subo no meu cavalo e veloz parto! Mas de repente ele se prostra
Pois este simples guerreiro se quer tem sua própria oca
Sou inseguro e frágil, um homem à procura
Nesses mais de cinqüenta anos que aqui permaneço
De todas as tentativas em descobrir a minha melhor loucura
Que me faça ter certeza que minha dignidade não tem preço
Só sei amar com meus erros, mas de peito aberto
E sei levantar de cabeça erguida dos meus tropeços
Quero ter você ao meu lado, companheira e por perto
Para termos sempre o mais lindo de todos os nossos recomeços
Olhar sempre com paixão
E ver que nosso peito não mente
Reconhecer nele um doce coração
Que bate com fervor por um amar s-i-m-p-l-e-s-m-e-n-t-e.
Marcos Silva
26 de novembro de 2010
Tem horas que dá uma vontade de fugir
Esses momentos serão sempre só meus
Que por toda a vida hei de guardar
Na mais frágil, que há, e doce lembrança dos meus eus
Daquele terrível e do-ce-men-te bravio e intransponível mar
Espero que um dia só povoem meus tempos e minha alma
Que desejo sejam atemporais e com muito brilho
E que o sentimento que me povoa e me acalma
Possa sempre reluzir nesse quieto e firme trilho
Horas que de anos ou eras se transformam
Sem nenhuma tola ou descente saída
Me testam e me trazem essa intransponível prisão
Por tê-la apenas como único trem de partida
Vou transpô-la com toda delicadeza que não possuo
A cada hora, dia, mês, ano sei lá! Talvez a cada maldito segundo
Em que sofro de indecente fragilidade, mas mesmo assim continuo
Sendo um Dom Quixote, mesmo raso, mas querendo atingir o profundo
Na quinta termino sem pensar nessa dura hora e em mais nada
De todo o porvir raso dessa tênue e hipócrita humanidade
Que só se vale e, que pena, de não saber o que é uma doce madrugada
E que se danem todos que não tem por convicção a mais frágil do-ci-li-da-de.
Marcos Silva
22 de novembro de 2010
De amor de filha
Depois da segunda taça
Tomo vinho pela embriagues que me dá
Como se isso não fosse o melhor de todos os motivos
Que até de um Torridor de box será isso seu nome? Sei lá!
Mas depois da segunda taça, todos são óbvios e pra mim intuitivos
Vinho é como passar um pouco adiante
De tudo: dos problemas; das dificuldades e até dos prazeres
Pois tudo fica num mesmo plano e como no quartel de Abrantes
A vida caminha calma como sempre deveria ser, apesar de todos os dizeres
Citarei nessa hora o maior de todos os poetas primários
Que de versos e rimas ricas não se preocupava, Vinicius de Moraes o poetinha
Para dizer o que sentia e da forma que lhe cabia no seu secreto armário
Que o “homem” nasceu, sim, uma dose antes e por isso sempre se aporrinha
Que o vinho traga para todos nossas melhores e puras emoções
Que faça cada qual ter o quem nem tem coragem de ser
E por isso num tom quase magistral que rege só as melhores canções
Traga no seu “íntimo-pessoal” todas as bravatas que sempre quis dizer
Que essa descrição não seja definitiva nem completa
Para que sempre possamos nesse túnel continuar
A dizer tudo que não sabemos e ainda assim sentirmos quase repleta
A melhor sensação que o vinho, em nós, pode pra sempre perpetuar.
Marcos Silva
21 de novembro de 2010
Nosso amar de sempre
Luar de setembro
De brilhar em qualquer espaço do universo
Sem mesmo que haja luz para refletir
Tua disposição de vencer presta ao meu melhor verso
Uma vontade de consigo sempre querer existir
Dum olhar inquietante às vezes austero
De menina sozinha ou de mulher decidida
Fica um gosto de tudo o que quero
Na tu vã bondade que se faz, de tanto em tanto, aparecida
Mulher de características intrínsecas e de dúvidas plenas
Que dos meus ais se comove de tempos
Solta esse coração sereno e de cores amenas
Ao meu olhar que te espera nos mais bravios de todos os ventos
Virginiana que te faz essa mulher oculta
Qual flor a se descobrir e em cada pétala se desvendar
Preenche esse meu coração que se ocupa
De sofrer por não entender-te vária e a se procurar
Ao teu lado quero sempre estar
Partilhar do teu íntimo: esse profundo mar
E desse teu coração inquieto: bolhas livres no ar
Do meu amor-maior sem amarras pra sempre poder-te ofertar.
Marcos Silva
15 de novembro de 2010
Este inerente e único calor que só nos resta para nossa promíscua alma.
14 de novembro de 2010
Mediocridade: Como condição imprescindível do ”ser-humano”
10 de novembro de 2010
Fiasco italiano - Sangiovese di Toscana 2009 (Bonacchi)
7 de novembro de 2010
FORNATTA DI NAPOLI - Mogi das Cruzes(FUJA!!!!!!!!!)
Esqueça o que esta escrito abaixo, pois despencou a qualidade, trocou de gerente várias vezes a Fernanda pediu demissão e nessa última vez em 26/08/2011 todas as comidas estavam FRIAS!!!!
Dentro do shopping da cidade de Mogi das Cruzes, tem uma boa mesa de saladas e pratos quentes, mas algumas massas e os molhos feitos pelo chefe de cozinha italiano Andreas e do agradabilíssimo atendimento da Fernanda são divinos, os nhoques e o ravióli de nozes são insuperáveis, o resto das massas, que não são feitas pelo Andreas e sim massas de pacotinho de supermercado, infelizmente, por conta de um "empresáio-proprietário" deixam a desejar. A carta de vinhos, pelo mesmo motivo, não condiz com a qualidade do atendimento e das opções gastronômicas.
Após todas as medíocres tentativas do seu "proprietário" saiu, em março de 2013, do Shopping de Mogi das Cruzes, o Fornatta, naufragou com sua burra mesmice em se achar único.
6 de novembro de 2010
Só pros amigos
Uma lágrima que do nosso covarde coração se desprende
Mesmo que única, solitária, tem seu imenso valor,
Pois da sua menor lembrança, sutil, se surpreende.
Ah! Esse nosso coração como sofre, por ter que guardar tanto amor.
Ah! Que belos defeitos tem nossos amigos
Pois a eles, e só com eles, podemos nos perdoar
Sem nenhum interresse, ou pudor, nem dos mais antigos
Só a felicidade de poder sentir, com eles, nosso mesmo e tranqüilo mar.
Que a amizade seja sempre esse brinde eterno
E que nunca, nunca despovoe nenhum coração.
Que se faça como um delicado carinho materno
Acima de qualquer erro, credo ou religião.
Marcos Silva
4 de novembro de 2010
Nosso amor de sempre
3 de novembro de 2010
A cada dia um passo mesmo que fraco.
2 de novembro de 2010
Amar deve ser assim
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