30 de dezembro de 2010
Toda fome do mundo
Hoje eu vi um macaco comendo uma banana
Mas não uma banana dessas qualquer
Uma banana que nela se encontrava toda sua sobrevivência e toda sua fama
E com a calma de quem quer só viver tirou a casca da banana antes de comer, só faltou a colher
Sentado na sua triste jaula
E no olhar uma tristeza... Não! Eu que como humano a enxerguei
Pois a ele bastava saciar sua fome: fundamental aula
Que como homo sapiens nunca a entenderei
Hoje eu vi um macaco comendo uma banana
E deveria ser assim sempre
Ver toda fome ser saciada seja ela qual for.
Marcos Silva
28 de dezembro de 2010
Molho de macarrão sem moda nenhuma
Ingredientes:
- Uma lata ou aquele pacote de molho de tomate sabor tradicional (deve ser da marca e preço que lhe agradem)
- ½ cebola cortada em lascas
- 3 dentes de alho cortados em bons pedaços pela sua largura
- 20 gramas de alcaparras ou umas 20
- Azeite extra virgem
- Temperos desidratados: Salsa; Orégano e Manjericão ou Manjerona
Modo de fazer
Coloque um pouco de azeite para aquecer, doure primeiro o alho e quando estiver começando a ficar douradinho coloque a cebola até ela ficar brilhante, depois despeje o molho de tomate e coloque quase a mesma quantidade de água, coloque agora as alcaparras e os temperos desidratados (eu coloco uma boa quantidade de salsa a mesma de orégano e um toque de manjericão ou manjerona) deixe ferver e chegar ao ponto que você gosta mais ou menos espesso.
A massa deve ser de sua preferência, mas, por favor, tem de ser de Grano duro italiano e se você como eu adorar queijo parmesão pode colocar muito, o vinho, tinto é claro, pode ser um da uva Pinot noir. Tem chilenos com preços muito razoáveis a partir de uns 20 reais.
Bom apetite e lembre-se: Beba sem nenhuma moderação, só não dirija em hipótese alguma se beber qualquer quantidade.
22 de dezembro de 2010
Comunhão
Eu quero o som de um pequeno riacho
Destes de pedras límpidas e de água gelada
Lavar as mãos e todos os nossos pensamentos
Na fria e doce mina de água divina
Na grama morna e fresca deitar nossos corpos cansados
Olhar o céu infinito e sonhar mais que longe
E da beleza cintilante de estrelas e lua
Deixar a presença de Deus confortar nossas almas
Andar na noite morna de pés descalços
Qual andarilho sem rumo à procura de nós mesmo
E ao nos encontramos andarmos de braços dados com a vida
Num eterno caminhar de amigos que há muito não se viam
Quero da chuva mais intensa nos lavar
De todos os pecados deste mundo e de todos os mundos
Que desta água que do céu caia nos enxágüe as idéias
E da terra molhada floresça um novo brilho de amor
E que o sol aqueça nosso peito
Do seu calor conforte estes viajantes de há muito
E que sua luz nos ilumine para seguir sempre
O caminho da comunhão celestial.
Marcos Silva
Pra todos os filhos
Todos somos filhos de pais que não esperamos
Que difícil tarefa essa nossa
De amar incondicionalmente esses que não amamos
E somos condicionados a essa tarefa sempre tão dolorosa
Ah! Será que eles queriam ser nossos pais
Queriam nos amar também incondicionalmente
Ou será que como nós, só queriam viver em paz
De amar sem amor, e sofrer do amar pelo que obriga sua mente
Essa relação dolorosa e sem parâmetros
Que nos obriga, pais e filhos, a ser o que não somos
Amar e amar sem chance de ser, talvez, outros
Nossos pais, filhos sem ser o que esperamos
A única saída que vejo, única, nessa triste hora
É nos respeitar como humildes seres humanos
Que com sua frágil e sem vislumbrar daquela aurora
Nos contentarmos com essa proposta, noturna, e pra muitos anos
Viver e conviver sem ter nada o que fazer
Mas com a doçura da solidariedade inerente
Sem forças pra lutar e só deixar e lidar com esse querer
Ter a paz dos animais que se distinguem de nós por não serem apenas “gente”.
Marcos Silva
18 de dezembro de 2010
Quando vi já estava lá
Entrei sem querer na contramão
Quando percebi o mundo já tinha me visto
Tentei correr, fugir, mas me disseram não
Parei sem saber lidar com o obvio e com o previsto
Nessas horas de querência e desespero
Que a vida te diz só o que não fazer
Só me acho perdido e quase sem apelo
Da fuga sem rumo e de todo o não o: ser
Corro, fujo e mudo de direção
Dum tema sem concordância e sem qualquer texto
Como perda de um solitário coração
Que não sabe sequer dizer ou fazer aquele saboroso molho pesto
Nessa briga vã de mares sem rumo
Que esse coração sempre, sem poder, quer enfrentar
Digo a mim mesmo e com tal intuição e sem nenhum prumo
Que é a hora de infringir seu mais temeroso e invencível mar
Fico quieto por um segundo
Nessa hora de talvez resignação
Vou parar de me encarar e aceitar ser o segundo
Dessa triste, mas verdadeira e triste vocação.
Marcos Silva
12 de dezembro de 2010
De inferior soberba
11 de dezembro de 2010
Milton Nascimento - Clube da Esquina
Composição: Lô Borges / Márcio Borges / Milton Nascimento
Noite chegou outra vez de novo na esquina
Os homens estão, todos se acham mortais
Dividem a noite, a lua até solidão
Neste clube, a gente sozinho se vê, pela última vez
À espera do dia, naquela calçada
Fugindo de outro lugar.
Perto da noite estou,
O rumo encontro nas pedras
Encontro de vez, um grande país eu espero
Espero do fundo da noite chegar
Mas agora eu quero tomar suas mãos
Vou buscá-la onde for
Venha até a esquina, você não conhece o futuro
Que tenho nas mãos.
Agora as portas vão todas se fechar
No claro do dia, o novo encontrarei
E no curral D'el Rey
Janelas se abram ao negro do mundo lunar
Mas eu não me acho perdido
No fundo da noite partiu minha voz
Já é hora do corpo vencer a manhã
Outro dia já vem e a vida se cansa na esquina
Fugindo, fugindo pra outro lugar
E no curral D'el Rey
Janelas se abram ao negro do mundo lunar
Mas eu não me acho perdido
No fundo da noite partiu minha voz
Já é hora do corpo vencer a manhã
Outro dia já vem e a vida se cansa na esquina
Fugindo, fugindo pra outro lugar
pra outro lugar
lugar.
10 de dezembro de 2010
Amor de louça suja depois da janta
Sobre vinhos que os "conhecedores" dizem não estarem prontos.
Este é um comentário para os iniciantes do mundo dos vinhos: Você vai ler em algum blog de um pseudo-conhecedor de vinhos que fica lendo coisas na net e acha que informação é igual a conhecimento, algo mais ou menos assim sobre um vinho que para ele ainda não esta bom:
“Este vinho ainda está muito jovem, vamos dizer ”verde” e com mais um tempo na garrafa deve melhorar”.
Quer dizer que segundo eles o “incompetente” do Enólogo que estudou para fazer um bom vinho, acompanhou todo o processo, fez de tudo para colocar na garrafa o melhor que podia se extrair daquela safra e uva colocou no mercado um vinho ruim para se beber agora e que só daqui alguns meses ou anos é que vai estar bom!!! Menos né! Se o vinho esta à venda e ainda não esta bom, pois esta muito alcoólico, acido ou seja lá o que for é por que ele é ruim mesmo e ponto final.
9 de dezembro de 2010
Postales del fin del mundo malbec 2010
8 de dezembro de 2010
Caras palavras
Que tais palavras, duras e sem nenhum sentimento, são estas
Que apenas se deixam, sem rima e nem prosa, escrevê-las
Como fado, sem digno interprete que sempre percebemos que sobram, neles, arestas
Como lã de indisciplinadas e indulgentes e más ovelhas
Palavras como os sentimentos sempre e sempre se vão
Nunca, mas nunca mesmo se rendem nem se submetem
A qualquer, principalmente a qualquer vulgar sedução
Que as faça serem menores por si sós e se denunciarem fragilmente a não cumprirem o que prometem.
Marcos Silva
Miolo Seleção Tempranillo/Touriga – 2009
Eu percebi, ao quase não conseguir tomar sequer uma taça deste vinho já que normalmente tomo toda a garrafa e olha que já tomei muito vinho chinfrim, mas consegui tomar a garrafa inteirinha, que a MIOLO deve achar que Portugueses e Espanhóis se odeiam, pois este Tempranillo uva referencial da Espanha e a Touriga uva referencial de Portugal é simplesmente HORRÍVEL, MAL FEITO, ALCOÓLICO TENDO SÓ 12,5% DE TEOR ALCOÓLICO É MUITO MAIS MUITO RUIM.
Se esconda dele ao passar pela prateleira
4 de dezembro de 2010
Dos nossos avôs
1 de dezembro de 2010
Quero ser apenas e inescrupulosamente um ser humano
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