29 de junho de 2011
Sobre os vinhos tintos
Só bebo vinho tinto por tudo que ele me traz
Da terna lembrança do meu, querido, avô português
Ao gosto de passado em cada gole voraz
E o melhor, de tudo, a minha consciente e descontrolada embriaguez.
Marcos Silva
27 de junho de 2011
Quadras
24 de junho de 2011
Virginiano olhar
20 de junho de 2011
19 de junho de 2011
Minhas pequenas mãos
Minhas mãos já não são como antes
Eram tão pequenas e sem marcas
Que o futuro estava sempre tão longe, mas agora em diante
Tenho que conviver com essas novas e inavegáveis barcas
Meu corpo de criança não mora mais comigo
Mas meu coração ainda é o mesmo
O que posso fazer se me sinto fora de qualquer frágil abrigo
Que de moradia ou se pudesse, talvez, abrigaria esse meu amar que vive sempre a esmo
Mora, sem pagar nada, dentro desse meu confuso e arredio coração
Mesmo que eu saiba que és tolo aventureiro
E que nunca vai se retratar e nem por nenhuma ardorosa oração
Vai se redimir por ter feito amor como doido, e sem controle, mas fostes meu único e destemido veleiro.
Marcos Silva
14 de junho de 2011
Pássaro sem pintura
Sobre - Para pintar o retrato de um pássaro -Jacques Prévert
Pássaro que nos meus sonhos sempre apareces feito um mago
Vinde ao meu quarto, sozinho de amores, se deitar
Nele não existe gaiolas e ainda te preparo um travesseirinho cheio de afagos
E se quiser fique, nada te peço, e ainda te ofereço meu mais terno e delicado olhar.
Marcos Silva
13 de junho de 2011
Brincar
11 de junho de 2011
Bom vinho de 2011
Eu me propus a falar sobre um (1) bom vinho por ano, falando de custoxbenefício, e nesse 2011 esta muito difícil, estamos no meio do ano e eu ainda não achei nada que eu realmente pudesse colocar como a indicação de “vinho do ano”, mas vamos lá, já tomei vários entre R$ 10,00 e R$ 90,00 e com penar que coloco esse vinho, não pelo que ele proporciona e sim pela mediocridade dos nossos importadores, vendedores, adegas , super mercados, blogueiros enfim todos que participam dessa menor ciranda dos vinhos, CHEGA!!! UFA!!!
Vamos ao vinho: Miolo Seleção 2009 Cabernet Sauvignon/ Merlot
Equilibrado e bem feitinho e custa entre R$ 15,60 a R$ 23,50 coisas de país tupiniquim, e é o melhor custoxbenefício que eu pude constatar fora as inúmeras decepções que tive ao longe desses meses, essa sugestão é se você for capaz de fugir da mediocridade, interesses comerciais que ronda todos os blogs e sites que falam sobre vinhos, eu disse todos e olha que leio muitos.
Atenção: Por favor, estou falando especificadamente do Miolo Seleção 2009 Cabernet Sauvignon/ Merlot, não estou falando que todos os vinhos dessa vinícola são bons, pois nesse blog já comentei o Miolo Seleção Tempranillo/Touriga – 2009 que é um vinho horrível mal feito e eu nem consegui tomá-lo joguei a garrafa inteira fora!!!!
Outubro de 2011
Como eu disse é sobre o da safra 2009, pois acabo de tomar a segunda garrafa do 2010 e com certeza é um vinho menor e não vale nem o preço atrativo>
9 de junho de 2011
Breve manual sobre uma ridícula carta de amor
Sobre o que uma ridícula carta de amor deve falar
Se não do amor irrestrito e certeiro
Simples como ter lua nas noites mornas
E triste como afagar e deixar um cachorro sem dono na fria rua
Uma ridícula carta de amor só pode falar
Do que mais humano existe num olhar de criança
Que chora por ter fome e sorri sem motivo algum
E que briga com o sono na hora de dormir
Numa ridícula carta de amor deve sempre constar
Todos os suspiros de saudades
Todos os “ais” dos amores não retribuídos
E todos os sons das despedidas silenciosas
Para ser uma ridícula carta de amor não pode faltar ainda
Um recado deixado na pressa do dia seguinte
Um beijo não roubado de eterno sabor
E um doce brilho de lágrima que nunca rolou
Mas para ser uma ridícula carta de amor verdadeira
O mais importante e imprescindível dos ingredientes
É ter pelo menos um tolo coração apaixonado
Que procura desesperadamente por um endereço.
Marcos Silva
5 de junho de 2011
Fraterna fragilidade promíscua
Meu corpo não é mais meu corpo e sim dono de todos os meus mins
Nessa vã batalha não sei dizer que hora eu, de mim mesmo, me perdi
Do eu tão soberbo e tão confiante que não enxerguei o mais visível de todos os fins
Era tão meu que jamais imaginaria que fosse triste e raso o final que eu sequer o vi
Onda de mar sem nenhuma força
Que de estrago ciente e frágil náufrago se vangloria
Nessa hora de redenção, agora com humildade, peço que torças
Que o humano de mim peça liberdade e a mínima, mesmo tosca, alforria
Quando olhei para traz e vi só o teu passado
Que medíocre inveja eu tive de tuas lembranças
De sentir-te próximo, teu cais, anel rasgado
Que injurias de amor fui capaz pelo simples prazer a sós: mudanças
Pelo que o amar me soube ensinar: subserviente Iansã
Fui aluno rebelde e sem ver o concreto e imutável final
Das mundanas e tristes idiossincrasias e que vãs
Me acolho no improvável e ridículo: ser-me imortal.
Marcos Silva
3 de junho de 2011
Quando do meu transbordante, incontrolável e triste primeiro amor.
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