5 de junho de 2011

Fraterna fragilidade promíscua


Meu corpo não é mais meu corpo e sim dono de todos os meus mins
Nessa vã batalha não sei dizer que hora eu, de mim mesmo, me perdi
Do eu tão soberbo e tão confiante que não enxerguei o mais visível de todos os fins
Era tão meu que jamais imaginaria que fosse triste e raso o final que eu sequer o vi

Onda de mar sem nenhuma força
Que de estrago ciente e frágil náufrago se vangloria
Nessa hora de redenção, agora com humildade, peço que torças
Que o humano de mim peça liberdade e a mínima, mesmo tosca, alforria

Quando olhei para traz e vi só o teu passado
Que medíocre inveja eu tive de tuas lembranças
De sentir-te próximo, teu cais, anel rasgado
Que injurias de amor fui capaz pelo simples prazer a sós: mudanças

Pelo que o amar me soube ensinar: subserviente Iansã
Fui aluno rebelde e sem ver o concreto e imutável final
Das mundanas e tristes idiossincrasias e que vãs
Me acolho no improvável e ridículo: ser-me imortal.


Marcos Silva

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