31 de dezembro de 2011
Triste recomeço.
Termino o ano com essa incessante dor
Em ver que só posso sustentar-me só
Sofro muito em esperar por qualquer calor
Dessas frias geleiras que nem podem sequer ter pó.
Marcos Silva
30 de dezembro de 2011
Minha metade ainda faceira.
26 de dezembro de 2011
Minhas dores do mundo
20 de dezembro de 2011
Pra quem pode ter amor pra ofertar.
18 de dezembro de 2011
Apenas um sentimento.
17 de dezembro de 2011
Cruel materno amor.
14 de dezembro de 2011
Dores e amores.
11 de dezembro de 2011
Ao meu querido Sancho Pança.
Eu sempre achei que poderia, pra sempre, a todos poder convencer
E mostrar o bem e os meus mais fortes e inabaláveis e corretíssimos valores
E como um Dom Quixote, incansável e destemido, lutar romanticamente e sempre vencer
Mas só me senti, frágil, besta e até imaturo e sequer tenho o direito de ter minhas inseguras dores.
Marcos Silva
9 de dezembro de 2011
Esse meu torto jeito de amar.
4 de dezembro de 2011
Nosso mais íntimo calor.
2 de dezembro de 2011
Para tentar se sentir um pouco melhor - Amado Nervo
26 de novembro de 2011
Estranho mal amar
23 de novembro de 2011
De embriaguez desmedida.
21 de novembro de 2011
De comedida embriaguez .
19 de novembro de 2011
Do livre dançar
Dançar com você, que bom
Fez-me sentir-me leve, feito pluma, que de corpo distante provoca ainda um delicioso bem estar
De amor livre e sem preço, e de melhor e imensurável, mesmo que seja ainda em qualquer tom
Fez-me sentir que o amor, sempre, pode ser a melhor forma de mediocremente me sentir “star”.
Marcos Silva
16 de novembro de 2011
Quase sem ar
13 de novembro de 2011
Hipócritas almas.
7 de novembro de 2011
Sina de um medroso e irremediável sonhador.
3 de novembro de 2011
Dentro de Minas
31 de outubro de 2011
Nobre fragilidade
24 de outubro de 2011
Só me sei assim.
17 de outubro de 2011
Lembrança de outonos
Quando eu era criança o sol brilhava sempre quentinho
E nas manhãs de inverno da boca saia sempre uma fumaça muito esquisita
Do outono só me lembro das sombras e que diferentes e tão l-i-n-d-a-s
E das noites eu só queria que me trouxessem de volta o claro dos dias
Brincar de ser o capitão daquele navio tão gigante
Que iria por mares e oceanos bravios se embrenhar
Lutar por um não sei que de justo, bondoso e de vitória
E aportar logo e poder voltar pra casa e dormir perto da minha querida mãezinha
Sonhava em ser o super-homem
Amarrava um avental nas costa e escondia-o por sob uma velha blusinha azul
E saia a lutar pelos fracos e oprimidos, mesmo não sabendo ao certo o que era isso,
Mas me dava um sentimento tão bom por fazer a coisa certa
Às vezes, sempre com minha mãezinha, íamos até a estação de trem da minha cidade
E pegávamos o trem e viajávamos para outras terras desconhecidas
Era tão longe que nunca chegava, e que medo de me perder que eu tinha
Mas quando voltávamos contava a todos como as desbravei e com que valentia.
Marcos Silva
13 de outubro de 2011
São Francisco do musical "A Arca de Noé" de Vinicius de Moraes
São Francisco
Vinicius de Moraes
Lá vai São Francisco
Pelo caminho
De pé descalço
Tão pobrezinho
Dormindo à noite
Junto ao moinho
Bebendo a água
Do ribeirinho.
Lá vai São Francisco
De pé no chão
Levando nada
No seu surrão
Dizendo ao vento
Bom dia amigo
Dizendo ao fogo
Saúde irmão.
Lá vai São Francisco
Pelo caminho
Levando ao colo
Jesus Cristinho
Fazendo festa
No menininho
Contando histórias
Pros passarinhos.
Lá vai São Francisco
Pelo caminho.
Lá vai São Francisco
Pelo caminho
De pé descalço
Tão pobrezinho
Dormindo à noite
Junto ao moinho
Bebendo a água
Do ribeirinho.
Lá vai São Francisco
Pelo caminho.
12 de outubro de 2011
Meu duro amar cotidiano.
10 de outubro de 2011
Minha (doce) tola condição humana
8 de outubro de 2011
Com todas as minhas mais perversas dores são esses meus queridos amores.
3 de outubro de 2011
Me dá um tempo meu coração geminiano.
Mesmices e tomara que sejam humanas.
Minha frágil e talvez humana alma.
2 de outubro de 2011
Apelo à poesia (Carlos Queiroz)
Colhido generosamente do blog: Alfazemas e violetas
E declamado por Guilherme Gomes (Dizedor)
Apelo à poesia
Porque vieste ?
Não chamei por ti !
Era tão natural o que eu pensava ,
Nem triste , nem alegre , de maneira
Que pudesse sentir a tua falta ...
E tu vieste ,
Como se fosses necessária !
Poesia
nunca mais venhas assim ...
Pé ante pé , cobardemente oculta
nas ideias mais simples .
Nos mais ingénuos sentimentos ...
Um sorriso , um olhar , uma lembrança ...
_ Não sejas como o Amor !
É verdade que vens , como se fosses
uma parte de mim que vive longe ,
Presa ao meu coração
Por um elo invisível .
Mas não regresses mais sem que eu te chame ,
_ Não sejas como a Saudade !
De súbito , arrebatas-me , através
De zonas espectrais , de ignotos climas .
E , quando desço à vida, já não sei
Onde era o meu lugar ...
Poesia
nunca mais venhas assim .
_ Não sejas como a Loucura !
Embora a dor me fira , de tal modo
Que só as tuas mãos saibam curar-me ,
Ou ninguém , se não tu , possa entender
O meu contentamento ...
Não venhas nunca mais sem que eu te chame .
_ Não sejas como a Morte !
Carlos Queirós
1 de outubro de 2011
Constatação
Tão diverso e tão diminuto
E sempre nessa mesma mesa sem bar
Só preciso de um minuto
Pra dessa minha tola vida me esquivar
Penso, paro e entristeço
Que sina de mediocridade eu mesmo me impus
De réptil espera e sem nenhum endereço
Ou pior ainda: a da mais medrosa e feia avestruz
Espero me entender ainda um dia
Sim, me entender comigo mesmo
E num abraço fraternal daqueles de bondosa e mentirosa tia
Possa me redimir... mesmo que eu ainda siga sempre vivendo a esmo.
Marcos Silva
28 de setembro de 2011
Cala
26 de setembro de 2011
Dúbia e única escolha.
24 de setembro de 2011
Sobre minhas soberba e incontrolável mediocridade humana.
19 de setembro de 2011
Pra aliviar as decepções - António Aleixo
10 de setembro de 2011
7 de setembro de 2011
Pausa no silêncio - NÓS, HUMANOS...?
25 de agosto de 2011
20 de agosto de 2011
Rubi - Ai
Composição: Tata Fernandes / Kléber Albuquerque
Deu meu coração de ficar dolorido
Arrasado num profundo pranto
Deu meu coração de falar esperanto
Na esperança de ser compreendido
Deu meu coração equivocado
Deu de desbotar o colorido
Deu de sentir-se apagado
Desiluminado
Desacontecido
Deu meu coração de ficar abatido
De bater sem sentido
Meu coração surrado
Deu de arrancar o curativo
Deu de cutucar o machucado
Deu de inventar palavra
Pra curar de significado
O escuro aço denso do silêncio
No coração trespassado
"Eu te amo - disse.
E o mundo despencou-lhe nas costas. Não havia de sofrer tanto.
O mundo pesa sobre o amor. Leveza dá pena no espaço.
E se teu amor por mais pedra não voar: liberta tuas costas do peso que não carregas.
E se teu amor por mais pena não mergulhar: vai te banhar e olha-te no olhar que não te cega.
Se teu amor te pesa mais que o mundo que carregas: degela-o e deixa-o beber os deltas."
Deu meu coração de ficar abatido
De bater sem sentido
Meu coração surrado
Deu de arrancar o curativo
Deu de cutucar o machucado
Deu de inventar palavra
Pra curar de significado
O escuro aço denso do silêncio
No coração trespassado
Ai!
Ai! Ai! Ai! Ai!
Ai!
19 de agosto de 2011
Rosa
11 de agosto de 2011
Um qualquer sentimento
Que qualquer coisa que um dia for, por um desses “qualquer”, dita
Por palavra falada, sentida ou de fútil ou ainda em um medíocre texto
Seja sempre a melhor expressão mesmo que vista como menor ou pior: maldita
De desprezível autor ou poeta, mas que sempre possa guardar seus melhores sentimentos no seu talvez último cesto.
Marcos Silva
8 de agosto de 2011
Perfume
5 de agosto de 2011
Frágil porto sem barcos.
31 de julho de 2011
Meu grande amar solitário
27 de julho de 2011
“Carta de um Contratado”
Do sentimento em ler de António Jacinto um poeta angolano “Carta de um Contratado”
Se escrevo de cá pra lá ou se é ao contrário, sinto tudo isso e tão de perto, que só sei que nunca sei se, permissivo ou humano, o que não sei é como posso te amar, se nunca fui aonde nem sei se realmente é ali que tu ficas, mas tenho a mais pura certeza que estas lá sempre a me esperar , nua, e com todos os maiores e menores sentimentos e cheia, repleta, completa só de amor que nem sabemos ao certo do que se trata, mas só sei, e é só isso que eu posso afirmar, o que sinto, e como, profanamente, me faz tanto bem!
Marcos Silva
24 de julho de 2011
Será que ainda dá tempo?
21 de julho de 2011
J.J. destino
Se por desencontro ou decisão
Os rumos foram para esses caminhos
Não vamos sequer contestar essa decisão
Que nos comanda apesar desses nossos tolos desalinhos
Se a vida quis por um fim assim
Quem somos nós para contestá-la
Se somos menores que qualquer mandala
Seremos, então, fiéis a todos os outros por fins
A vida caminha sem sequer nos perguntar
Donde iremos e talvez pra sempre
Se isso deixa-nos felizes e sem sequer ponderar
Quem somos nós para dizer aonde deve ser aquele raso poente
Sem sequer se mostra ávida
Tece-nos sua única e inabalável teia
Que pode sem jeito nos deixar, qual grávida,
A tentar viver na sua menor, mas única, breve aldeia.
Ó vida que nem nos pertence de fato
Que podemos fazer pra compreendê-la
Se todos os momentos desse desconhecido prato
Nossa mais fome vã, nem sabemos, se podemos, sequer, um dia surpreendê-la.
Marcos Silva
19 de julho de 2011
Como está no dito
18 de julho de 2011
Só o que me basta
Desci naquela estação de trem em que tudo nunca termina
Será que nela se resume toda minha tola e arrogante visão humana?
Mas é que tenho lá uma sensação tão boa feito água fresca de qualquer frágil mina
Que me é muito caro negar: que apenas isso me basta pra completar toda a minha imprescindível cabana.
Marcos Silva
17 de julho de 2011
Sempre dá tempo de ouvir nossos corações
14 de julho de 2011
De vibrante inquietude
Da vida que nem sabíamos onde ia dar
Só lembranças é o que teremos
Mas Peter e Thereza nos fazem lembrar
Que a vida sempre nos leva pra onde solitários iremos.
Que do nosso sentimento de outrora
Se nutra nossa boa e sofrida alma
De toda juventude e sem pudor, mas com muita calma
Que só o bem nos traga sutilmente e, por favor, agora!
Pra duas das mais belas almas que tive a honra de conviver.
Marcos Silva
11 de julho de 2011
Mulher de luas
Que viver de sonhos, fantasias e de verdades sempre seja o mais quente e intenso dos teus vários caminhos
E que de luzes, de sóis nascentes e poentes e de todas as mais inesquecíveis, doces e tolas madrugadas
Façam teu coração, cigano de sempre, ser teu maior e mais acolhedor de todos os teus ninhos
Pra te proteger, te incendiar, te inflamar e te acolher: na dança; na vida e em toda tua longa e sempre inesperada caminhada.
Pra Aninha que conheci só quando era criança,
Que agora do rock pesado, e tomara em todos os palcos e para a dança
Passado sem volta, e por tudo que deveria ter sido pra todos nós: andanças.
Marcos Silva
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