19 de junho de 2011

Minhas pequenas mãos


Minhas mãos já não são como antes
Eram tão pequenas e sem marcas
Que o futuro estava sempre tão longe, mas agora em diante
Tenho que conviver com essas novas e inavegáveis barcas

Meu corpo de criança não mora mais comigo
Mas meu coração ainda é o mesmo
O que posso fazer se me sinto fora de qualquer frágil abrigo
Que de moradia ou se pudesse, talvez, abrigaria esse meu amar que vive sempre a esmo

Mora, sem pagar nada, dentro desse meu confuso e arredio coração
Mesmo que eu saiba que és tolo aventureiro
E que nunca vai se retratar e nem por nenhuma ardorosa oração
Vai se redimir por ter feito amor como doido, e sem controle, mas fostes meu único e destemido veleiro.


Marcos Silva

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