26 de novembro de 2010
Tem horas que dá uma vontade de fugir
Esses momentos serão sempre só meus
Que por toda a vida hei de guardar
Na mais frágil, que há, e doce lembrança dos meus eus
Daquele terrível e do-ce-men-te bravio e intransponível mar
Espero que um dia só povoem meus tempos e minha alma
Que desejo sejam atemporais e com muito brilho
E que o sentimento que me povoa e me acalma
Possa sempre reluzir nesse quieto e firme trilho
Horas que de anos ou eras se transformam
Sem nenhuma tola ou descente saída
Me testam e me trazem essa intransponível prisão
Por tê-la apenas como único trem de partida
Vou transpô-la com toda delicadeza que não possuo
A cada hora, dia, mês, ano sei lá! Talvez a cada maldito segundo
Em que sofro de indecente fragilidade, mas mesmo assim continuo
Sendo um Dom Quixote, mesmo raso, mas querendo atingir o profundo
Na quinta termino sem pensar nessa dura hora e em mais nada
De todo o porvir raso dessa tênue e hipócrita humanidade
Que só se vale e, que pena, de não saber o que é uma doce madrugada
E que se danem todos que não tem por convicção a mais frágil do-ci-li-da-de.
Marcos Silva
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