14 de outubro de 2010

Da vida que poucos fracos se atreveram a viver



Fiz dessa minha cotidiana vida muito, mas muito pouco
Que em tese se deveria burguesamente ter feito
Coloquei esse frágil peito muitas e muitas vezes como louco
A prova sem saber se sequer resistiria: peito cheio de defeito
Da dor que o teimoso, mas fraco pode resistir: triste e oco
A querer ser, num momento de demência, inescrupulosamente perfeito
E mesmo assim me deleitar por ter sido atrevido e fugaz, talvez outro
De coração batendo com toda essa ultrajante arritmia, mas que audaz efeito.

Marcos Silva

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