7 de setembro de 2010

Rei de Oyo



Que justiça é essa que da cor depende
Como tudo que é “concreto” se cair trás dor
Não enobrece nem evolui a serpente
Que a todos nós só pode trazer esse incompreensível calor

Seu nome a todos traz respeito ou pavor
Até de quem nem sabe o que fala
Mas na tua presença te pede o mais simples louvor
Pensa que sabe, e quando vê trouxe sua própria trava.

Esse amigo de vidas passadas
Que teima em nos atormentar com sua voz serena
Cavalga e com que garbo e com que passadas
Que só um rei pode tê-las e sempre tão plenas

Xangô teu nome nos faz pensar
Que a vida e ética e só para alguns
Pois não temes a nada e podes até se matar
Em nome da justiça ou de qualquer egum

De trevas e sol vive essa entidade
Que pode nos parecer inatingível
Mas quando o tens no coração, qual divindade
Percebe-se sua grata e delicada alma visível.

Kawó-Kabiesilé Xângo


Marcos Silva

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