4 de agosto de 2010
Giz de lousa
Desenho com um giz colorido que nunca termina
Em minhas memórias, de dantes, de outrora criança sem pudor
Que de fatos, atos e naufrágios, sempre jorra em mim qual mina
De água pura, cristalina, mas às vezes impura e com certo odor
Essa minha vontade de sempre
Que meu coração não deixa de estar
Me leva e me traz urgente
Pra paz que me pode fazer ainda um dia voar
Ouço aquela canção e me aquece
Esse coração besta, acho que tonto, teimoso e sem dono
Que dos olhos nem se importa se o chorar arrefece
Mas como cão sem lar e sem rumo pede sempre meu colo de novo
Acho que cansado de tentar vou uma hora dessas desistir
Dessa batalha vã, tormenta cotidiana e a sós comigo mesmo
Que me faz escravo do meu próprio cárcere donde não sei sair
Mas que me aquece do pouco da luz que me faz sempre continuar a esmo
Brindo com meu incerto coração
Que se parodia a ele e é por pura emoção
De se não sabe, como ele, se expressar como um vadio cão
De longe me sinto um Dom Quixote só que sem nenhuma ambição.
Marcos Silva
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