21 de agosto de 2010
Escravo sem amarras
Se eu pudesse escrever qualquer frase
Seria sempre e insistentemente uma frase de amor
Não dessas de dicionários ou de blogs sem nenhuma crase
Mas daquelas que refletem só o mais puro e honesto propor
Faria primeiramente assim
Chamaria para depor só irrecuperável, mas sóbrio amante
E que ele determinasse quando seria o fim
Se é que fim existe no mais límpido e incontrolável sentimento de Dante
Mas vamos ao assunto amor voltar
Assunto...não! Volúpia ou doença
Que se impõe acima de qualquer ou intransponível mar
Ou se querem minimizar: acima de qualquer tormenta
O tramar como um azul sem cor de mar ou de menor amar
Só sabe-se ou percebe-se ou embriaga-se qual e indeterminado “Se”
Que do amar-mar e inevitável sente-se único e solitário par
Só pode sobreviver na condição mínima de imperceptível letra “Zê”
Tentando resumir o querer dentro de fracassado e fútil peito
Sobre isso do olhar de qualquer coração fosse talvez um dia possível
Me diria de-li-ca-da-men-te assim e meio sem jeito
Deixa teu amor solto que governante de ti, escravo de dono-qualquer, se faz indiscutível.
Marcos Silva
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