8 de junho de 2010

Rua sem dono


Que hora abrimos mão do melhor de humano que ainda temos
De pôr-do-sol a nuvem cigana e onda daquele mar infinito
Nessa hora me pergunto qual o soberbo poder e para onde iremos
Para afrontarmos a nós mesmos e sermos reféns do que um dia por nós foi dito

Essa rua sem nenhuma das minhas lembranças
E que me comove com um não sei o porquê
Me traz-faz lembrar de uma infância
Que só à mim deveria: esquecido bilboquê

Olho um mar-oceano finito
Que assim não poderia o ser
Mas nos sonhos de qualquer poeta proscrito
Duvido que se dignasse por um só instante a se comover

Marcos Silva

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